domingo, 4 de dezembro de 2016

Desde o início

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Desde o início PDF 784

Primeiro era o caos, a incerteza e a não percepção do que acontecia. No princípio Deus criou os céus e a terra, o sólido e o gasoso, o alcançável e o inalcançável; o tangível e o inatingível. E Deus criou a luz, permitindo o claro e o escuro, permitindo distinguir e definir o que seria o dia, e o que seria  noite. E Deus fez a separação das águas, permitindo a mares e rios distinguirem-se da terra; o sólido e o líquido. As dicotomias. para promover a luz, natural e artificial. O homem descobriu a energia elétrica, a bipolaridade do positivo e negativo. O 110 e o 220, no consumo doméstico, na própria arca com animais domésticos e a família, protegidos da chuva.

E Deus Criou Adão e Eva, dois seres que se completam e se opõem, com dúvidas e disputas, com pontos e visões diferentes a partir de um local diferente, o local onde pisam.  A dicotomia, a divergência e o antagonismo. Cada ponto de vista é a vista de um ponto. E a visão acontece a partir do lugar onde se pisa. por experiências passadas e experiências vividas. Com um conhecimento construído. Em um mesmo local, um enxerga e analisa o outro.

Do ponto de vista de Deus; duais ideias e duas hipóteses: dia e noite, claro e escuro, Adão e Eva, o que é certo e o que errado; o bem, o mal; o permitido e o não permitido. O que é encontrado no paraíso e de um mundo do lado de fora. E se Deus fez o homem a sua imagem e semelhança, muitos ainda conservam as dualidades de seus pontos de vistas. Passado e futuro, direita ou esquerda, o que está a frente de seus olhos e o que não enxerga. Para enxergar seria necessário outros movimentos. Movimentos que permitam ver pelos olhos, torcendo o pescoço ou mudando de direção de rumos e de pensamentos. Haveria a necessidade de sair de uma zona de conforto, como, virar muito o pescoço. levantar e mudar de lugar, para ver de um outro ângulo. E aguçar os ouvidos. A trave nos olhos, os óculos escuros e os vidros com películas, reduzindo a luminosidade, já não permitem uma visão clara, do que acontece do lado de fora do paraíso, com ar condicionado e outras tantas tecnologias na palma das mãos, e com o toque dos dedos. Passar a página de um livro ou correr uma timeline, com o passar dos dedos.
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Gametas masculinos por um meio líquido vão em busca de um outro sólido, o gameta feminino. E em um meio líquido, o fluido amniótico onde o embrião se transforma em feto; distinguindo-se o sólido e o líquido. Até que em um momento o meio líquido, separa-se do sólido e de um ambiente escuro. E para a criança se faz dia, do que era uma noite escura, separando-se do líquido. No tempo de gestação. dois corpos já não podem ocupar um mesmo lugar no espaço. E a criança parte em busca de um espaço. A vida continua com o líquido que corre nas veias.

E foi por um meio líquido, que surgiu Noé na história. O primeiro capitão de uma embarcação, que se tem notícias, no mundo onde predomina o conhecimento da Bíblia. Noé contemporâneo de Utnapistim, em um tempo longínquo, quando ainda não era contado o tempo. como nos critérios atuais; um com sua arca e o outro em seu navio. Dois fatos semelhantes, a partir de diferentes locais ou bibliografias; ou mesmo, a partir de olhares diferentes. Uma história contada em Gênesis e outra em Gilgamés, em histórias da Mesopotâmia.

Da bipolaridade divina entendemos a bipolaridade humana. O Norte, o Sul, o Leste, o Oeste, posições determinadas por uma cruz; direita e esquerda nas direções física ou geográfica, e posições políticas partidárias.  O remédio e o veneno, a doença e a saúde. 

E a partir da cruz, inúmeros equipamentos, instrumentos e ferramentas foram criados, como pinças, alicates e tesouras; martelos, picaretas e machados. A régua, o esquadro, o compasso.. Da cruz o homem fez um avião e chegou aos céus. O cristianismo estabelecido em ROMA, pediu algo de volta AMOR.

A escola como o paraíso, onde é possível experimentar todo conhecimento disponível. Exceto o livro do professor. Mas aos que não cumprem as regras de uma escola, vem a impossibilidade de frequentar, e buscar informação e conhecimento em outro lugar.

Roberto Cardoso
Reiki Master

RN, 04/12/2016

Texto em:



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quarta-feira, 2 de novembro de 2016

Gallo Pinto con Natilla

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Origem das imagens: arquivos de Sara Devandas Garro

Gallo Pinto con Natilla
PDF 770


Una costarricense ha investigado el folclore en suelo potyguar. Está em busca de conhecimentos que lembrem sua terra natal, além de poder obter um conhecimento novo e nativo, a partir do lugar onde agora pisa. Está agora em outras terras, descobertas e ocupadas por outros povos. E pelas ruas de Natal procura tortilhas e empanadas, e encontra apenas tapioca ou grude, feitos com macaxeira (guacamote ou yuca), e cuscuz feito com maiz (milho). A pipa fria, já era sua velha conhecida, encontrada em Natal como água de coco diretamente do fruto. Mas pode encontrar uma pipa semelhante, em caixinhas, e deixar bem geladinha. Dos artificiais e gaseificados ainda não encontrou a Fanta Kolita, e não adianta misturar Fanta com Coca Cola, pois vai ter outro sabor. Por misturas diferenciadas ou até mesmo estar em outras terras, originárias de outros costumes. Há muito tempo passado, terras que já estiveram separadas por um acordo antecipado, o Tratado de Tordesilhas.

De um lado imperaram os portugueses, enquanto do outro lado os espanhóis, com culturas e formações diferentes. Cada um deixou as suas marcas e catástrofes em lados diferentes, separados por uma linha imaginária. Marcas de desenvolvimento e de escravidão; exploração e subtração de riquezas. Mas a cultura sobrevive, em gestos e nas vestes, danças e comportamentos; instrumentos e utensílios; enfeites e adereços. Alimentos e condimentos. Portugueses e espanhóis lançaram-se ao mar para encontrar riquezas e especiarias, dar uma volta no mundo e uma volta em quem encontrassem pelo caminho. Estavam a serviço de suas terras e de suas majestades. Conhecemos por vivencia as nossas catástrofes, e as que disse Bartolomeu de Las Casas, sobre os pobres de Jesus Cristo.

E lhe gusta (a costarricense zurda), gallo pinto com natila y huevos con tortillas.  O alimento de todos los días, después de papas fritas. Já encontrou feijão preto ou vermelho, pastéis e empadas, na maioria feitas com pollo, e alguns condimentos locais, como “cibola” e “tumati”. A natillla deve ser bem semelhante ao que se chama de nata, quase um creme de leite, que não é vendido em caixinhas ou latinhas, mas em um pote lembrando manteiga ou mantequilla. Huevos ou ovos tem em todos os lugares, do tipo caipira ou de granja, tem também em caixinhas, para uso culinário.

Deve estar estranhando alguns fatos e costumes. Enquanto seu país abusa de cores e tecidos, o sertanejo abusa do couro, e uma cor muito semelhante a paisagem. Mas como sempre tudo foi dialético, pode haver vantagens. E o sertanejo conseguiu se disfarçar, camuflando-se na paisagem durante alguns conflitos, contra exércitos coloridos. As cores nas roupagens indicam alegria, tal como em outros lugares. E Costa Rica tem um ar caribenho, que sopra das Antilhas. E a salsa sirva ou serve: de molho, de tempero e de dança. Com cachaça ou mojito. cerveja e cerveza.

Rice and beans, de Costa Rica tem o nome de baião de dois, em boa parte do Nordeste. Casado pode ser um feijão com arroz de todos os dias, mais alguma mistura, que significa a carne, frango ou peixe que acompanha, e mais algum legume ou verdura, para completar o prato. Chancleta está na moda nas lanchonetes de shopping, mas é melhor pedir uma batata recheada. Tas que lembra uma goiaba pequena, pode ser um fruto encontrado no mato, conhecido como araçá. Mas só a costarricense zurda, com seus cubiertos:  tenedor, cuchillo y cuchara, para poder confirmar tudo.

Seu país de origem está localizado entre a América do Norte e América do Sul; ubicado entre o Atlântico e o Pacífico. Daí então entendemos seu país ser Costa Rica, influenciado por oceanos e mares, ventos diversos e muitos povos. Caminho para caminhantes, descobridores, e exploradores, entre os dois oceanos, até que foi escolhido fazer um canal no Panamá, em seu país vizinho. Da descoberta de Colombo, se fez América, de Américo Vespúcio. Nas verdes matas de suas terras muito foi colhido e plantado, influenciando as vestes que formalizaram uma cultura, exibida em cores de acordo com uma época.

Ella estudio en una Universidad de San José, la capital de su país. La escola de Trabajo Social de la Universidad de Costa Rica. Quizá la primera escuela de servicio social en Costa Rica, que teve fundação e influências de países estrangeiros, principalmente dos EEUU, que promoviam uma política de boa vizinhança com os países vizinhos.  Influências recebidas e acolhidas no decênio de 1940 a 1950.

Os espanhóis eram mais aculturados que os portugueses. A Espanha está localizada entre Portugal e França e dois diminutos países também fazem fronteira, Andorra e Gibraltar. Tem mares ao norte e ao sul. Está próximo dos mares do norte e dos mares do sul. O seu contorno territorial tem a imagem da cabeça de um touro, e é reconhecida como o país das touradas. E por tantas diversidades foi responsável pela descoberta e criação de inúmeros países, após as navegações que proporcionaram os descobrimentos. Descobrimentos estes a partir das visões de Portugal e Espanha, já que os território que dizem ter descobertos, já estavam ocupados.

Ahora terminado el tiempo
El trabajo finito
Roberto Cardoso (Maracajá)

Fecha: 02/11/2016
Miércoles, Noviembre.



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terça-feira, 1 de novembro de 2016

Um filósofo noir

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Um filósofo noir
PDF 769


Um filósofo ás escuras, repetindo o fenômeno descrito por Platão. Diante de um quadro negro descrevendo o que acontece lá do lado de fora, Escrevendo na lousa branca, tal como os pichadores em uma parede. A repetição dos atos em escritos rupestres. E em uma sala escura vendo imagens que se formam na parede, a partir de um foco de luz. Por vezes até na palma da mão.

A nave Google faz uma viagem no espaço junto com Carl Sagan, em filmes seriados. Com o Google Earth, se aproximando do planeta, separam-se as terras das águas. Aproximando-se da Terra, alguém fala no fundo da sala “Que haja luz". E a luz surge ao entrar na atmosfera. E tudo pode ser bom. Do pó vieste e ao pó retornarás, ao pó das estrelas. As estrelas salpicadas no céu. O homem veio de algum lugar no espaço. Prepara-se agora para voltar depois de quase extinguir o planeta. O momento agora é de preservação e recuperação para não levar um karma planetário. Os bens e artefatos já não mais são duráveis.

Os filósofos já não fazem mais filosofia, são meros estudantes de história, a história da filosofia. Fazem a cronologia dos antigos pensadores para oferecer a seus alunos. Repetem conceitos aprendidos na faculdade, que o formaram como professor a partir de uma ideologia dominadora e capitalista. Formar formadores para abastecer as escolas que seguem uma regra didática, com uma direção de domínio. A mesma ideologia imposta a sociedade, mostrando que dependem da escola para obter um conhecimento. É preciso haver escolas e professores para fomentar o domínio, sustentado por pais e alunos.

E do fundo da caverna de Platão com suas críticas kantianas puras e práticas, ele chega nas redes sociais para apresentar uma ética, como Aristóteles a Nicômaco.  Com olhar de Crátilo faz uma correção aos nomes e as postagens que indicam uma opinião dialética. Do alto da montanha com sua postura professoral se reconhece um zarathustra.

Só lhe resta uma alternativa, ao filósofo acostumado com salas osmóticas. Criar um outro perfil na rede social. E então poderá fazer os seus discursos, tal como os filósofos, poderá ser o seu próprio interlocutor. Lendo e escrevendo, perguntando e respondendo..


E então poderá parar de caçar pirilampos em noites de Lua.

domingo, 30 de outubro de 2016

quarta-feira, 26 de outubro de 2016

O paciente de Foucault

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O paciente de Foucault
Onde está Foucault?
PDF 767

Ele comprou todos os livros possíveis que se relacionam as teorias de Michel Foucault. Estudou a fundo suas teorias e posicionamentos, e pode entender melhor a sociedade. A sociedade que domina e o comportamento dos dominados, que repetem um comportamento sem perceber que são ou estão dominados, por um aculturamento de um grupo dominador. E por conhecer as regras de domínio pode recusar muitos conselhos, para tratar suas dores e sofrimentos com recursos da medicina. Entendia que as doenças são criadas para produzir um mercado de pacientes para os médicos. Mas a dor é relativa, cada um tem seus limites, de acordo com sua estrutura física e psicológica. E a sociedade repete um comportamento arqueológico, traçando uma genealogia para todos, onde tudo se resolve com receitas e médicos, corrigindo dores e comportamentos,

Ele criou grupos de estudos, para dar oportunidades a outros, que pudessem conhecer Foucault. E dentro de um grupo poderia observar comportamentos, que se aproximam das teorias de Foucault. Talvez reestruturar ou refazer teorias. O grupo de estudos poderia ser uma clínica, sem chegar a loucura, para suas experiências e observações. Poderia mudar seus ângulos e pontos de vistas, a partir da teoria de Foucault.

E o paciente de Foucault teve a oportunidade de produzir e vivenciar as suas próprias experiências, o seu Eu diante à sociedade. Mas com tantas teorias de domínio, como teorizar a sua dor? Onde estão os conceitos que se enquadram seus pensamentos? Onde está Foucault? Pierre Bourdieu, contemporâneo de Foucault, quando não encontrava uma resposta, atribuía o fato ao Maestro oculto.

Foucault pode estar onde todos por um momento estiveram, ausente das suas raízes, vagando em um deserto.  Pode ser preciso fazer uma viagem ou promover algumas ausências para estudar a si próprio, como fez Foucault (Bourdieu foi para a África). Observar lugares a partir de outros ângulos, como olhar a cidade distante, de um outro ângulo, e até com miragens. Jesus e Moisés andaram e vagaram por um deserto. Antônio Conselheiro andou pelos sertões. Em Natal/RN ainda é possível andar ou vagar pelas dunas e avistar a cidade ao longe. Olhar o horizonte da praia, é muito distante, e pode-se não saber andar sobre as águas. Nas dunas é possível colocar os pés no chão. E depois retornar à cidade, para relatar, escrever e descrever as suas experiências..

RN, 26/10/2016


Roberto Cardoso (Maracajá)
Reiki Master



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terça-feira, 6 de setembro de 2016

Ainda somos índios

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Fotos: Evaldo Silva \ Pinacoteca do Estado - Encontro Litero Musical da SPVA/RN
02/09/16 - Natal/RN


Ainda somos índios
PDF 722

Mesmo com toda tecnologia na palma da mão, com roupas de marcas, e acessórios de grife, o índio continua sendo um índio. Um índio atualizado com as tecnologias, hábitos e costumes atuais. Tal como aconteceu com chineses e japoneses que não abandonaram ou esqueceram seus costumes, que construíram suas culturas. E são conhecidos e reconhecidos pelos seus hábitos e costumes milenares. Não é uma exclusividade nossa, ver nativos com ares de “civilizados”, assim como não somos totalmente “civilizados”.


Nosso dia a dia ainda esta repleto de costumes e hábitos indígenas. Seja ao deitar em uma rede depois de comer um mingau, um cuscus ou uma tapioca. Acordar e tomar um banho frio. Antes de sair, de um abrigo, observar o tempo.


Ao longo do tempo percorrido pela história sofremos muitas influencias, e absorvemos outros costumes, mas a essência continua indígena. Com traços no DNA e marcas no sangue. Na praia, os hábitos de quase sem roupas, ainda podem causar espantos e estranhamentos em povos estrangeiros.


E até a história seguiu o caminho da ciência, estabelecendo datas cronológicas para registrar tudo que lhe interessava, de acordo com pontos de vistas que poderiam fortalecer os donos da história. A história define um momento temporal, um local no espaço e autores de uma empenho ou façanha, criando uma tridimensionalidade histórica: onde? quando? e quem?. O porque? também é criado de acordo com os interesses..


A ciência foi buscar as plantas, para conceituar suas curas e profilaxias, com o uso de suas próprias teorias. Descobriu princípios ativos e criou formulas sintéticas. Tentou patentear produtos que somente a natureza produz, para evitar concorrências e novas descobertas.


Ao estudar folclore e cultura popular; ao receber visitas de índios escritores e artistas, percebemos que ainda somos índios. E os índios que ainda vivem em ocas e nas tribos, são os atuais responsáveis pelo perpetuamento e conservação da cultura original. E os descobridores, invasores e colonizadores tentaram dizimar.  Tentaram eliminar os arquivos, para não existir uma história, perpetuada no tempo.


Os índios, silvícolas ou nativos, são mídias vivas que transferem e guardam hábitos e costumes, arquivos com informações e conhecimentos. São uma biblioteca, são arquivos vivos, capazes de falar e se expressar. Enquanto que a escrita e a tecnologia, criam arquivos mortos, onde é necessário alguém, para criar programas para administrar, processar e manusear os dados arquivados..

Os índios que ainda vivem e interagem com a natureza, com a sua resiliência, são os elementos e personagens capazes de recuperar o planeta, que a ciência destruiu trabalhando a serviço, em nome da economia e do desenvolvimento.


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Roberto Cardoso (Maracajá)
Reiki Master - Karuna Reiki Master


Texto disponível em:
http://www.publikador.com/sociologia/roberto-cardoso-(maracaja)/ainda-somos-indios

Fotos: Evaldo Silva \ Pinacoteca do Estado - Encontro Litero Musical da SPVA/RN
02/09/16 - Natal/RN
disponivel em:



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quinta-feira, 4 de agosto de 2016

Prescrição poética

Prescrição poética
PDF 698

Sarauterapia

Evento indicado nos distúrbios da fala, da escrita, ou do pensamento. Palavras presas na garganta. Espaço para leituras e declamações. Indicado também para aqueles que só precisam deixar os ouvidos abertos, e assimilar conhecimentos.

Posologia em função da idade: Até o momento já foram atendidas mulheres gravidas, crianças, jovens, adolescentes e adultos, inclusive uma senhora centenária, com sintomas de ótima nemória, recitando falas de sua matriarca. Não há restrição quanto a idade.

Doses homeopáticas com intervalos médios de quinze dias.
Mais precisamente na primeira e na terceira quarta-feira de cada mês.
As terapias são realizadas unicamente nas dependências do CRO/RN
Não é preciso levar comprimidos para casa. O espaço é aberto.

Ao entrar é feita uma triagem. O atendimento é conforme a ordem de chegada. Favor colocar o nome na lista, e aguardar a chamada. Já contam doze anos de atendimento ininterruptos, até o momento. Não importa ter feriado ou falta de transporte coletivo.

Atendente de plantão: Tião

Sem contraindicações. Os efeitos colaterais até agora registrados não vão alem de uma maior sensibilidade artistica ou poética.

Consulte seu terapeuta poético regularmente no Sarauterapia do CRO/RN, com Dr Rubens. Com décadas de experiência, em deixar seus pacientes boquiabertos.





Entre Natal/RN e Parnamirim/RN, 4/08/16
Roberto Cardoso (Maracajá)

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Reiki Master & Karuna Reiki Master    
Jornalista Científico FAPERN/UFRN/CNPq      
Plataforma Lattes  http://lattes.cnpq.br/8719259304706553    



terça-feira, 2 de agosto de 2016

150º aniversário de Mikao Usui

150º aniversário de Mikao Usui  PDF 448

“E esteve o diluvio quarenta dias sobre a terra, e cresceram as aguas, e levantaram a arca, e ela se elevou sobre a terra” (Genesis). Noé ficou cerca de quarenta dias com chuvas, retido e enclausurado em uma arca, com sua família e seus animais de criação, aqueles que se apresentaram para embarcar na arca, antes da chuva anunciada. Uma outra quantidade de dias foi necessária para que as aguas baixassem, e pudessem desembarcar. A Bíblia não especifica os animais, fala de reses e aves, répteis e etc. E seria mais provável serem animais da sua criação (ou animais conhecidos até aquele momento), tal como o fato de Gilgamesh. 

Com certeza na arca havia um espaço de recolhimento, para um tempo de recolhimento e privação de Noé. Só o tempo lhe traria resultados, a arca estava construída, ocupada e flutuando, restando apenas aguardar a tempestade passar. Uma solução citada e exemplificada para outras tempestades. O homem do campo atual, tem na Bíblia um aprendizado, de proteger das chuvas e das enchentes, os seus animais.

E passou por uma situação bastante semelhante o fato citado em Gilgamesh, com diversos animais (inclusive os selvagens, estão como citados), tal como Noé. Com uma intensa chuva e um navio em forma de cubo. Durante seis ou sete dias passou embarcado Utnapistim, que desembarcou com família e parentes, mais as sementes de toda criação (primeiro milênio a.C.) A história épica mais antiga de Atrahasis (1635 a.C.). Pássaros foram soltos também.

Moisés esteve em travessia no deserto por quarenta anos. Vivenciou pragas que assolaram o Egito, e estabeleceu leis, baseado em visões e aparições. Jesus Cristo vagou no deserto por quarenta dias. Vivenciou provações, e estabeleceu regras de compreensão e comportamento. Encaminhou um povo a uma terra prometida, tal como Noé e Moisés. A medicina estabeleceu uma quarentena, como tempo de observação de pessoas que estiveram em regiões contaminadas, tendo uma possibilidade de contaminação.

Tanto Noé como Moises, abriram os caminhos para seu povo, cada qual em um tempo, e de acordo com seus saberes e conhecimentos. Como almirante ou general guiaram um povo em caminhos sobre a aguas ou sobre as terras. Guiaram a um local seguro, com objetivos de criação e repovoamento, um retorno a terra. Jesus se comprometeu com os caminhos dos céus, como um brigadeiro, sugerindo retornos, com orações e olhares.

A vivencia e a experiência vivida por Noé serviu de conhecimento para criadores abrigarem seus animais diante uma chuva anunciada. As vivencias de Moisés serviram de base para as leis dos advogados, com o início dos códigos jurídicos. Além de ser um símbolo de resgate, o retorno a terra prometida, ou o retorno as terras de origem.

Jesus depois de sua reclusão no deserto, voltou com notícias para o seu povo, notícias que eram dadas a quem encontrasse em seu caminho. Ensinou a dividir o pão e o peixe. Estabeleceu um mito e uma religião. A cruz teve uma grande importância para a ciência, influenciando Descartes, na confecção de um eixo, onde pontos são marcados, definindo estatísticas e trajetórias. Nos mapas, os pontos de interseção das linhas (latitude e longitude), definem as localizações. E outras tantas invenções foram baseadas na cruz.

A religião inspirada no Cristo, que partiu de ROMA, aguardando o seu retorno, AMOR. E tal como Noé e Moisés conduziu um povo para um local seguro. Tudo de acordo com um tempo, cada um com seus instrumentos e argumentos. A quarentena serviu como referencial de um tempo para observação de acometidos por uma possível contaminação, e uma enfermidade. O tempo de incubação.
E Mikao Usui também teve o seu tempo, de recolhimento e reclusão, fez um retiro para uma meditação. Um tempo que lhe trouxe novas notícias, anunciada por uma luz, que se chocou com sua testa. No dia 15 de agosto de 2015, data da passagem do 150º ano de nascimento de Mikao Usui (1865 -  1926), podemos relembrar alguns relatos de sua história. 

Dr. Usui foi um monge budista que criou, fundou, ou intuiu a técnica do Reiki. Pesquisas dão conta que o Reiki antecede a Mikao Usui. Mas Usui é considerado como o fundador do Reiki, quando foram arregimentados os sinais e os símbolos, o uso e o conhecimento. E a partir de seus conhecimentos, é que o Reiki foi amplamente difundido e divulgado, com penetração e difusão no mundo ocidental. A partir de Mikao Usui que aconteceu uma difusão mundial do Reiki, saindo do Japão e chegando a outros continentes. O Havaí foi o ponto de interseção do Reiki entre o oriente e o ocidente. Mikao Usui não seguiu uma visão cartesiana, inspirou-se nas suas visões e intuições.

Ainda que algumas seitas, religiões ou filosofias não admitam uma convivência, uma parceria, com o Reiki, Mikao Usui não fez distinções, sobre seitas ou religiões. Pesquisou em seitas, países e continentes, sem distinção. Estava em busca de respostas. A sua história no Reiki, começa com a busca de respostas de situações contidas em outra religião, como a cura com as mãos praticadas por Jesus. Usui partiu em busca de explicações de citações e passagens bíblicas.

A história tradicional do Reiki dá conta que Mikao Usui saiu em busca de respostas sobre as curas realizadas por Jesus, com o uso das mãos. Questionado por seus alunos, Usui viajou e pesquisou sobre o assunto, em busca de respostas. Jesus disse “Tudo que eu fiz, vocês podem fazer”. A experiência de Usui tem servido como um conhecimento para a Nova Era. João 13:15 – dei-vos o exemplo para que, como eu vos fiz, também vós façais.

São Patrício (São Paddy) ficou famoso por ter feito vários milagres, e de um deles criou-se uma lenda, gerando um dilema entre verdade, milagre ou lenda. Conta-se que durante um jejum de quarenta dias no alto de um morro, foi atacado por uma cobra. Resolveu então perseguir todas as cobras que encontrasse em seu caminho. E justifica-se por este ato a não existência de cobras na Irlanda. Há uma explicação científica, que remete a era glacial, talvez ao diluvio, já que ali foi um lugar onde as cobras não conseguiram chegar. http://www.megacurioso.com.br/animais/69569-voce-sabe-por-que-e-que-nao-existem-cobras-na-irlanda.htm

Mikao Usui ao retornar de sua vigília, um retiro em uma montanha, deu uma topada em uma pedra causando um ferimento, e com suas próprias mãos promoveu assim a auto cura. Em seu retorno chegou em uma taverna, e exagerou na comida depois de um tempo em jejum, sem se sentir ofendido (linguagem regional, no Nordeste, quando uma comida faz mal, provocando um mal-estar). Uma atendente da taberna tinha uma dor de dente e Usui reduziu sua dor. Retornando ao seu monastério, encontrou o abade adoentado. Demostrou sua novidade, e amenizou as dores do abade.

Dos aqui citados; Noé, Moisés, Jesus e Utnapistim; Mikao Usui e São Patrício, sem importar a religião, seita ou continente, cada um teve um tempo de meditação e uma conclusão. Viveram os desertos, seus isolamentos e suas meditações. O exemplo para que se possa entender que cada um tem seu período de reclusão e ascensão, para então fazer seus milagres. Mikao Usui chegou como um participante da Nova Era, com a popularização de seu conhecimento. 

15 de agosto de 2015
150º aniversário de Mikao Usui
Dia Internacional do Reiki  

Roberto Cardoso (Maracajá)
Reiki Master & Karuna Reiki Master 
Plataforma Lattes http://lattes.cnpq.br/8719259304706553   

Texto disponível em:
http://www.publikador.com/filosofia/maracaja/2015/08/150o-aniversario-de-mikao-usui/ http://forumdomaracaja.blogspot.com.br/2015/08/150-aniversario-de-mikao-usui.html http://robertocardoso.blogspot.com.br/2015/08/150-aniversario-de-mikao-usui.html  

Outros textos:
http://www.publikador.com/author/maracaja/
http://www.recantodasletras.com.br/autor.php?id=173422 http://www.publikador.com/author/rcardoso277/
http://www.informaticaemrevista.com.br/  

terça-feira, 12 de julho de 2016

O escritor: Senhor de seus engenhos

O escritor: Senhor de seus engenhos
http://www.publikador.com/economia/roberto-cardoso/o-escritor-senhor-de-seus-engenhos



O escritor: Senhor de seus engenhos
(V. Pk)
PDF 561

Na economia, a classificação por setores: primários, secundários e terciários. As classes e segmentos por atividades econômicas, onde acontecem as transações comerciais: de bens, produtos e serviços; produtos materiais e imateriais. Setores onde estão identificadas as propriedades: rurais, industriais e comerciais. A cada momento uma propriedade pode ter mais importância e mais relevância, fortalecendo e enaltecendo o proprietário diante da sociedade, um empresariado, detentor de um conhecimento nos denominados setores.

Setores com inventos, produtos e serviços que podem ser protegidos por institutos legítimos e reconhecidos, registrando marcas e patentes de produtos e ideias. E hoje vivemos o momento da propriedade intelectual, onde cada escritor é dono de uma opinião, uma visão, um relato ou uma experiência, transcrita em um texto próprio, a sua versão na sua produção intelectual, a produção de conhecimento. Cada escritor é o senhor de seus engenhos. Produz bens imateriais que podem produzir transformações de cabeças e sociedades, influenciando e provocando ideias e comportamentos. Conhecimentos que alimentam novas ideias.

Na internet identificamos e registramos um domínio. O espaço virtual onde o administrador exerce um domínio de um espaço, onde tem a liberdade de colocar suas ideias e seus pensamentos, seus produtos físicos ou imateriais. Tem a liberdade de colocar textos, inserir imagens de fotos, desenhos e gráficos, o que entender ser o melhor meio de divulgar suas ideias e seus pensamentos. Seus produtos e suas informações.

Outras mídias, como suportes, também são entendidas como produção intelectual, como quadros, pinturas e esculturas, mais as tecnologias da informação: filmes e vídeos, com longa ou curta metragem, ou duração. Peças teatrais e coreografias. Em mídias diversas CD, DVD, disquetes e cartões magnéticos de gravação; pen-drive e HDs, internos ou externos. Conhecimento e informação disponibilizados em mídias físicas, direto no palco ou na tela, e até na rua. Direto na internet, em sítios especializados ou variados.

Na era da comunicação a matéria prima é a informação. A fábrica de transformação da matéria prima, de diversas origens e universos é o cérebro, o HD pessoal de cada um, com células e elementos minerais. O produto final é a produção intelectual, distribuído em mídias, materiais, e embalagens diversas.

Na era denominada como da informática, da comunicação ou da informação, o produtor não precisa necessariamente ter uma localização física, pode estar em qualquer lugar do mundo munido de equipamentos que lhe dão acesso a outras partes do mundo, pode ir a qualquer lugar de modo virtual. Pode frequentar bibliotecas, museus e livrarias; pode fazer passeios pelas ruas, e até sair do planeta. E com informações adquiridas em locais visitados e variados vai construir a sua produção, divulgando por meios físicos ou meios virtuais. Vai divulgar o que viu ou concluiu; percebeu ou concebeu.

O senhor de seus engenhos, com seus grupos de neurônios, trabalhando por meio de sinapses, movidos por impulsos elétricos, com caracteres e características pessoais; periféricos e proteínas. Computadores frente a frente, buscando e trocando conhecimentos e informações. Dados armazenados e processados nos lobos cerebrais, e placas de memória, centrais biológicas, do sistema nervoso: cerebelo, cérebro e tronco encefálico, com informações coletadas. E processadores computacionais, com informações de outros sistemas. Centrais eletrônicas e biológicas produzindo conteúdo (Branded content), de informação, para outras mentes, com outras complicações e aplicações, configurações e aplicativos.

Texto original:
O escritor: Senhor de seus engenhos
PDF 548

De 21/12/15 Entre Natal/RN e Parnamirim/RN

Publicado em Informática em Revista: Página 24 | Ano 9 | N 106 | Janeiro/2016 – Natal/RN

O escritor: Senhor de seus engenhos
http://www.publikador.com/economia/roberto-cardoso/o-escritor-senhor-de-seus-engenhos



por Roberto Cardoso (Maracajá)
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Reiki Master & Karuna Reiki Master
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O escritor: Senhor de seus engenhos
Texto produzido para Informática em Revista.

Em 21/12/15
Roberto Cardoso “Maracajá”
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A práxis do existir - A práxis do ser vivente

A práxis do existir - A práxis do ser vivente
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O conceito de práxis começa com a necessidade de criar e modificar o meio. Modificar o meio com um objetivo prático é exercer uma práxis. Criar algo que facilite uma tarefa ou um trabalho. Com o uso da força e da inteligência, coletar produtos na natureza que facilitem suas necessidades e tarefas. Coletar e transformar o extrativismo em algo prático e útil.

Um simples conceito de práxis pode ser entendido a partir de alguns artefatos indígenas. Como cortar palhas e trança-las, para construir um cesto, que vai ter uma utilidade de transportar frutos e raízes, ou objetos menores. Os homens podem construir cestos e transportar suas caças e pescas, enquanto mulheres podem transportar seus pequenos filhos. Em cestos e tranças, modalidades e utilidades diferentes para cada finalidade.

Cortar galhos de uma arvore para construir uma armadilha para caçar ou pescar, construir uma armadilha para obter alimentação de origem animal. Imprimir uma força física para modificar, e transformar um elemento retirado da natureza. Cortar, quebrar, raspar, vergar um vegetal com objetivos de construir um objeto. Construir um arco e uma flecha, que poderá ajudar na caça e na pesca. Aplicar o uso de uma energia acumulada, que pode dar impulso a uma flecha, quando liberada. Praticar tarefas sem ter um conhecimento da física, da modificação dos corpos e da transformação de energia.

E o homem chamado civilizado também construiu sua práxis. Cortou galhos e fez uma fogueira para se aquecer e preparar alimentos. Com paus e pedras sem argamassa construiu uma habitação. Com algumas pedras protegeu o fogo do vento, evitando desperdício de calor. Com peles e couros de animais fez agasalhos e abrigos. Evoluiu seu conhecimento e evoluiu sua práxis. Juntou produtos de origem animal, mineral e vegetal, construiu e criou novos produtos. Acrescentou energias invisíveis como a eletricidade, que facilitou e criou possibilidade de novos usos e novos produtos. Transformou o que poderia ser lenha em carvão. Misturou água, terra e calcário para produzir uma argamassa. Anteriormente já havia misturado capim e barro para construir tijolos. Com o fogo transformou os blocos de argamassa em novos tijolos. Fez panelas de barro e de pedra.

O homem considerado civilizado – por ele mesmo. Elaborou a sua principal práxis, a arte de anotar seus inventos e suas ideias. Com o uso da escrita perpetuou seu conhecimento, ultrapassando séculos e gerações. Enquanto índios permaneceram no conhecimento oral, transmitido de geração para geração.

E o conhecimento não para, de crescer, de ser aumentado e articulado. Daí vem uma necessidade de estudar o que já é estudado, e o que já foi estudado. Criar metodologias que façam medidas, qualitativas e quantitativas. Torna-se necessário quantificar e qualificar algo para agregar valor. Criar um novo produto com o conhecimento já existente. Analisar a historia oral por meio da escrita. Analisar documentos de uma era que fora escrito, sem a intenção da perpetuação documental. Tornar os escritos como argumentos para o conhecimento implantado e reconhecido hoje. Juntar algo que eram somente cinzas, para criar uma fênix.

Depois de transformações, que modificaram o meio, surge uma nova práxis. Daí então vem outras práxis, para serem analisadas e observadas. A práxis do existir, a transformação do mundo por uma simples existência. Uma práxis exercida por aqueles que a sociedade discrimina e exclui, denomina por seres improdutivos, aqueles que não criam objetos, que não produzem valores. Algo com um valor de mercado, com um valor determinado por aqueles que criam valores. Algo que tenha um valor para aqueles que estão imersos em valores. Algo que determinem um valor, uma utilidade. A práxis daqueles que não produzem bens visíveis, mas podem produzir bens intelectuais, gerar um conhecimento, pela simples observação do meio.

A sociedade exclui e discrimina os denominados vulgarmente: de cego, de mudo, de surdo e de aleijado. Portadores de uma dificuldade ao extremo, mostrando que cada um pode ter aquelas mesmas dificuldades, em proporções mínimas, individualizadas ou mescladas.

Os conceitos mudam e a sociedade evolui, encarando o problema, dando oportunidades e facilidades a partir de uma nova definição e conceituação de adjetivos vulgares. Passam a ser denominados como portadores de alguma deficiência: portador de deficiência visual, verbal, auditiva e portador de uma deficiência de locomoção. Deixa de ter um problema para adquirir o status de portar algo, portar uma deficiência de um aparelho ou sistema orgânico.  Portam uma incapacidade de ser considerado como normal.

A sociedade não discrimina os portadores de deficiência olfativa e gustativa, já que não afetam ou influenciam os movimentos e os comportamentos dos outros. Não impedem o ir e vir de outros, não impedem ou atrapalham os caminhos.

A práxis do deficiente surge por uma indagação, de que maneira ele modifica o meio, como modifica o pensamento e o meio em que vive. Um dia o homem deixará este planeta, e os critérios de embarque já vem sendo construídos. Desde há muito tempo já existem critérios de desembarques, os critérios de abandonos de navios, quando estão à pique. Critérios muito citados e retratados em filmes antigos, mulheres e crianças abandonam o navio primeiro. Uma época que deficientes físicos eram deixados para trás, a prioridade retratada é de crianças, e de quem poderia cuidar daquelas crianças, podendo ainda gerar novas crianças. Um modelo de sobrevivência da espécie. Filmes catástrofes sempre mostraram marinheiros dando avisos que mulheres e crianças devem embarcar com prioridade, nos botes salva vidas.  O capitão da embarcação, o portador de uma autoridade e de um conhecimento, não deve abandonar o navio, enquanto tripulação e passageiros não se encontrarem em condições mínimas de segurança, que possam garantir a sua sobrevivência.

Desde algum tempo já existe um critério e um privilégio, no embarque em aviões. A começar por portadores de alguma insuficiência ou deficiência na ação de locomoção. Depois os passageiros com crianças, independente do sexo da pessoa que conduz a criança, tem prioridade no embarque. Crianças de colo ou crianças que já podem andar. Crianças que podem andar, e que por um descuido podem criar situações de perigo, ou de emergência, vão acompanhadas de seus responsáveis. E os critérios de embarque e desembarque em naves espaciais vão sendo criados e popularizados.

Alguns grupos já tem uma prioridade para embarque, mas ainda terão que aguardar que todos os outros grupos embarquem, para então o avião começar as manobras de decolagem. Prioridade requer paciência de ambos os lados. Em casos de acidente em avião, cada um dos passageiros já foi instruído pelos comissários, por palavras ou por gestos; ou pelas informações contidas em folhetos, normalmente localizados atrás das poltronas, no porta-revista. Em um acidente com avião também há critérios de abandono da aeronave, contidos nas instruções em folheto encontrado a bordo. A primeira hipótese é de fazer um pouso emergencial na água.

Um transporte urbano de passageiros, sobre trilhos ou sobre rodas, oferece assentos especiais, e exclusivos para deficientes e idosos. Certa quantidade de assentos com cores vivas estão destinados a idosos, gestantes e deficientes. E os BRTs e os VLTs vão promovendo um conhecimento de acessibilidade aos seus passageiros. Os BRTs e VLTs promovem aulas de segurança e de acessibilidade nos transportes, com a escrita e a fala, em dois idiomas, no caso brasileiro, português e inglês. Os anúncios das próximas estações também são bilíngues. Transportes modernos ainda promovem uma acessibilidade climática, beneficiando estrangeiros acostumados com temperaturas mais baixas, em contra partida, ofertando um conforto para quem está acostumado com altas temperaturas. Equipamentos de ar condicionado proporcionam um ambiente padrão de temperatura e umidade.

Auditórios oferecem cadeiras mais largas para pessoas obesas, podendo ser encontrados na primeira ou na ultima fila. Guardando a opção para o usuário, o quanto ele vai se deslocar dentro do auditório, e escolher a opção de ficar mais longe ou mais perto do palco. Alguns transportes como ônibus também oferecem assentos para obesos. Cada qual tem uma dificuldade de locomoção e cada qual vai servido de exemplo para uma acessibilidade e mobilidade global.

A partir da acessibilidade, enquanto uns podem ter prioridades e privilégios, outros podem recusar prioridades e privilégios, tendo a opção de se adequar ao modelo padrão. Como uma dieta de emagrecimento, chegando ao extremo de uma operação bariátrica, na intenção de se enquadrar em um modelo padrão de beleza ou desempenho físico. Próteses também podem criar e ampliar esta acessibilidade.

A arca de Noé não fez distinção de animais. Cada casal podia chegar e embarcar. E o homem vai se civilizando, vai se aprimorando, para não ser classificado ou discriminado, com um ser sem educação, ou um animal, na próxima arca da sobrevivência.

Os deficientes visuais exercem a pratica de ensinar comportamentos. O comportamento para mostrar que nem todos têm a mesma capacidade e acuidade visual, criando estratégias pelas ruas de uma acessibilidade total. Travessias de ruas e avenidas além de contar com o tradicional sinal luminoso, podem contar com sinais sonoros.

Os deficientes físicos mostram que nem todos têm a mesma habilidade e velocidade de locomoção, precisam de um tempo maior que uma maioria considerada normal. E não basta para correr ao atravessar a rua, tentando se adaptar ao tempo regulamentado. As faixas de pedestres, pintadas no chão são calculadas, por um tamanho determinado, de um passo em tamanho padrão, e por uma quantidade de passos padrões, em um tempo padrão, necessários para atravessar uma rua de tamanho padrão. À medida que as populações de deficientes aumentam, e a geografia urbana se modifica, surge uma necessidade de reavaliar os padrões. Os sistemas de BRTs e VLTs vem modificando a geografia urbana, e os critérios e prioridades entre veículos diferentes e pedestres.

Muitos podem desenvolver atividades de uso da força, e da musculação, da capacidade física, como o caso de algumas profissões. Outros exercem atividades intelectuais.

Escrever? Para que escrever? Para quem escrever? Por que escrever? Para mostrar para aqueles que andam muito rápido e não percebem o que acontece a sua volta. Correm motivados e viciados pela adrenalina. E precisam de um momento para parar e ler o que foi escrito, o que alguém viu e escreveu, e ele não percebeu.

A ocupação de sempre. Quem não escreve precisa estar ocupado com outros afazeres, precisa ocupar a mente.





Depois de escrever este texto surgem algumas reflexões. Um artigo escrito em causa própria, assim como todos os textos de pesquisadores, sejam eles mestres ou doutores (*).

A práxis do existir - A práxis do ser vivente
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Rio de Janeiro/RJ ─  12/10/2014
  
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Palavras Chaves: gestão; qualidade; conhecimento
Palabras Clave: gestión; la calidad; el conocimiento
Key Words: management; quality;  knowledge


Roberto Cardoso
CMEC/FUNCARTE
Cadastro Municipal de Entidades Culturais da Fundação Cultural Capitania das Artes
Natal/RN


(*)
Depois de escrever este texto surgem algumas reflexões. Um artigo escrito em causa própria, assim como todos os textos de pesquisadores, sejam eles mestres ou doutores.

Gramsci escreveu anotações para serem jogadas fora ao fim do dia. Talvez já pensasse que deveria jogar seus escritos fora, pois sabia que não iriam ser ouvidos ou lidos pelos membros da academia do conhecimento. Gramsci estava preso e não tinha curso superior. Não tinha uma banca para avaliar o seu conhecimento. Não havia mestres e doutores togados que pudessem julgar um conhecimento produzido.

Não foi a toa que Pierre Bourdieu disse que escreveu um livro para ser queimado. Não por ele, mas pelos fazem parte deste cenário, que ele participava e conhecia. Cenário que pode reconhecer e avaliar as forças e poderes contidos.

Se o autor não queima seu livro, aqueles que participam daquele cenário podem queimar. Vão queima-lo, não vão incinera-lo como um ato acadêmico, mas com o fogo do abandono, da não observância do que foi escrito. Por aqueles que se fazem de cegos, de surdos e de mudos. Dando valor apenas ao que corre em suas mentes, onde ninguém ouve e ninguém vê.... E um dia poderão juntar as cinzas daquilo que queimaram e fazer uma fênix.

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