terça-feira, 12 de julho de 2016

Komunikologia dos alimentos

Komunikologia dos alimentos
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A ciência existe por estar baseada em duvidas e explicações. E começa suas investigações a partir de suspeitas e empirismos. Coleta dados, analisa e chega a conclusões.

Os cães, principalmente aqueles que vivem em ambientes com uma vegetação próxima, tem por hábito procurar comer algumas folhas de capim, ou similares, quando algum alimento o faz passar mal. Até mesmo um envenenamento o fará procurar ingerir vegetais fibrosos. As fibras e outros elementos contidos no vegetal, vão de alguma maneira revolucionar seu estomago e todo o trato digestivo, facilitando a saída do alimento indigesto e nocivo, por ação de vômitos e diarreias. O tempo e as quantidades de ingestão, entre o envenenamento e o elemento fibroso determinarão os resultados finais do processo digestivo.

O hábito dos gatos promoverem o seu asseio por meio de lambidas, diariamente, por todo o corpo, acaba por levar pelos para o seu sistema digestivo. E periodicamente procuram vegetais em terreno baldios, para ingerir. Provocando uma regurgitação dos pelos contidos em seu estomago, evitando problemas futuros.

Dos hábitos animais observados podemos levantar algumas hipóteses entre cães e gatos. Animais a princípio carnívoros, e suas razões em procurar vegetais para adicionar a sua dieta diária: ou aprendem os benefícios dos alimentos vegetais por experiências próprias ou aprendem por um aprendizado de linguagens entre eles, ainda não detectado pelo homem e pela ciência.

Enquanto o homem e a ciência não determinam uma prova concreta, sobre o conhecimento dos animais, fica uma justificativa de ser um ato instintivo. Talvez uma komunicologia sem textos e sem palavras, explicita por gestos e olhares; ou até quem sabe um conhecimento inscrito em seu DNA, uma herança genética aprendida por gerações anteriores.

Os grupos humanos que hoje ainda vivem em locais afastados das cidades, e com recursos farmacêuticos escassos, transmitem e trocam seus conhecimentos com trocas de informações verbais e gestuais, adquiridas aqui ou ali, por experiência própria ou por conhecimento, de um fato acontecido com outros seres semelhantes. Usam e abusam de seus recursos terapêuticos da flora, não tão escassos quanto os farmacêuticos oriundos de laboratórios. A natureza oferece uma farmácia ao seu dispor e alcance. Conhecimentos familiares transmitidos entre gerações determinam propriedades terapêuticas, com a ingestão de determinadas ervas e alimentos. Conhecimentos tribais atravessam gerações, como um ato cultural de um povo.

O homem ao longo de sua trajetória histórica foi adquirindo conhecimentos de forma empírica. Experiências de uns e de outros, com resultados desejados e alcançados. Com o advindo da ciência e suas experiências, pode confirmar as razões ocultas nas respostas orgânicas, obtidas pela ingestão de um ou de outro alimento, em determinadas condições patológicas do paciente.

Além de determinar os agentes e princípios ativos presentes nos alimentos utilizados como agentes de melhoras, pode também identificar semelhanças entre os alimentos e a anatomia interna do corpo. Antes de conhecer uma anatomia interna, o homem já estava em contatos com alimentos que de um modo, ou de outro, facilitavam as melhoras de determinada parte do organismo. As formas que iria encontrar investigando uma anatomia interna, já eram conhecidas. Sem, no entanto, poder afirmar, suas formas e indicações, até que provas laboratoriais comprovassem sua eficácia. A visão da ciência pondo em duvida o empirismo, e procurando elementos para uma confirmação.

A vida moderna, a evolução da sociedade; e a própria sociedade de consumo escolheu e indicou, determinou alguns alimentos como sendo as bases alimentares, de povos e grupos de pessoas. Sejam eles escolhidos por um sabor mais apreciado pela maioria das populações; sejam eles escolhidos pela facilidade de produção, ou mesmo escolhidos pela facilidade de estoques e comercialização. Garantindo uma sobrevivência entre as safras.

O numero de alimentos de origem vegetal, com objetivos alimentares e terapêuticos comprovados é extenso. Dentre eles alguns são mais consumidos e mais fáceis de serem encontrados. Nestes produtos mais encontrados e mais consumidos, podemos verificar algumas semelhanças, com partes internas do corpo humano, onde podem promover benefícios.

E assim podemos identificar uma semelhança das uvas com as células sanguíneas, de formas arredondadas ou ovaladas para uma melhor circulação em um meio fluido circulando por veias e artérias. Uvas variando entre cores e nomes de brancas a vermelhas, para glóbulos brancos e glóbulos vermelhos. A cor do tomate lembrando o sangue, e suas câmaras internas lembrando as cavidades do coração. Indicam uma semelhança com o órgão, que já tem como indicativo benéfico o consumo de tomates.

A noz muito consumida na época de Natal tem em sua casca, uma semelhança com o cérebro, e quando partida ainda pode mostrar a separação entre os hemisférios cerebrais. A semelhança entre os feijões e os rins. Couve flor e brócolis lembram a arvore pulmonar com brônquios e alvéolos.

Na medicina fitoterápica, temos a espinheira santa como benéfica das patologias da coluna; e o quebra-pedras, que nasce entre pedras, como indicativo para pedras nos rins. Na planta denominada vulgarmente de comigo-ninguém-pode, fica clara a ideia de ter toxinas e ser um veneno.

Aqui foram citados alguns exemplos, muitos outros podem ser encontrados. E a natureza sempre chegou com mensagens ocultas, antes das comprovações da ciência.

Natal/RN 23/12/14

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