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O mundo está cheio de arquétipos, atos de comportamentos por repetição, atos que repetimos seus usos e argumentos, sem identificar com precisão uma origem, de um gesto ou costume, um comportamento. Como o casamento, que surgiu a tempos distantes, implantaram o divórcio e a separação, e as pessoas continuam casando, mesmo com uma probabilidade de logo estarem separadas. E ainda podem casar novamente. E mudam-se alguns paradigmas, com o aumento de filhos com pais separados, criando novas gerações para novos comportamentos futuros...
Repetimos gestos e comportamentos, repetimos algo com uma mesma origem de ideias, ou até com origens diferenciadas que não percebemos, não distinguimos ao longo do tempo. Como o ato de proteger os animais antes de uma chuva anunciada, como fez Noé no AT. Noé recebeu uma mensagem de Deus que morava no céu. E hoje recebemos uma previsão meteorológica por imagens de satélites, que enxergam tudo lá de cima. Na terra encontramos os radares mostrando nuvens pesadas que se aproximam, através de uma tela rastreando em círculo. Das antigas placas, tabletes de argila com conhecimentos e informações, surgiram novos equipamentos, como o tablet.
Como o ato de virar o rosto, dando ouvido ao que não entendeu direito, como fez Jesus Cristo, dando uma outra face. Os atos são repetidos com suas interpretações atualizadas. Para os personagens do Antigo Testamento bíblico, as respostas, orientações e ensinamentos estavam no céu sob o domínio de Deus, hoje estão em nuvens sob o domínio do Google, que tem todas as respostas. Sob o olhar do politeísmo e da multimídia, encontramos outros deuses além do Google. Encontramos vírus e spywares, contaminando os que estão ligados a internet, exercendo o papel do diabo ou da serpente.
Primeiro Deus criou os céus e a terra. Separou a luz das trevas, criando o claro e o escuro, o dia, a noite. Depois separou as águas das terras, definindo terras e mares, terras e rios. Passaram manhãs e tardes, duas partes de um dia. Deus criou Adão e Eva, um par de seres com olhares opostos. A obra de Deus era uma dualidade; uma dicotomia. Deus fez o homem à sua imagem e semelhança. E o homem repetiu seus atos com uma dialética, dois pontos de vistas. Aconteceram diversos movimentos separatistas e discriminadores de classes, do polo Norte ao polo Sul, no hemisfério Norte e no hemisfério Sul, do oriente ao ocidente. Mais outras tantas diversas guerras, distorções e discussões entre duas partes. Origens no corpo e na alma, dois lados até então supostamente conhecidos, ou intuídos.
Com Adão e Eva, surge o bem, o mal, o bom ato e o pecado; o bom e o mal comportamento. Adão e Eva não obedecendo a Deus, cometeram um pecado ao provar o que não estavam permitidos a ser provado, o fruto proibido. Tudo estava disponível com saberes e sabores, exceto algo no meio do jardim. Em uma aula de anatomia, o coração entre duas árvores pulmonares. Em um ato obsceno, os pelos pubianos. E permanece a dúvida de qual seria a árvore e qual fruto teria sido provado. Eva foi criada a partir de uma costela de Adão, enquanto ele dormia, mas a anatomia não nos mostra que o homem tenha menos uma costela que a mulher. Mas a genética pode mostrar algo semelhante no DNA, com genes de pares, e encontramos uma diferença entre o homem e a mulher, na sua quantidade de pares. Os conhecidos pares X e Y. O momento de estar dormindo pode ser comparado ao uso de anestesia, ou um momento de coma. Deus seria o geneticista ou o cirurgião.
Hoje os médicos são considerados como deuses, com um poder de restituir saúde e vida. Pedem a seus pacientes exames de imagens para um melhor diagnóstico. E o paciente sem conhecimento profundo, confiando na medicina, acredita em deuses e imagens. Entendem seus remédios e suas receitas como a salvação.diagnosticada e prescrita. O eterno medo do que pode vir após a vida, fazia jejum no passado e hoje faz dietas restritas orientado por nutricionistas..
Adão e Eva adquiriram um conhecimento, que Deus não aprovava, por alguma razão. Hoje percebemos que o conhecimento é infinito, um caminho sem volta, cada vez é preciso e desejado saber mais, e a medida que aprendemos, descobrimos que não sabemos nada, diante todo o conhecimento disponível e ainda desconhecido. Deus decide expulsá-los do lugar denominado paraíso, o paraíso aos olhos de Deus, onde tudo que Adão e Eva precisavam estava disponível. Tal como um pássaro em uma gaiola com água e alimento farto e disponível, ainda deseja uma liberdade, mesmo que água e alimento possam ser escassos. Atos podem ser cometidos com algum objetivo, ainda que não possa ser possível descobrir e interpretá-lo. E Adão e Eva foram demitidos da função de colaboradores de um jardim, por justa causa, a partir do olhar do patrão. Não haviam CLT ou advogados que os protegesse. O homem detentor das causas e tábuas das leis ainda não havia nascido.
E assim caminhou a humanidade, até um outro momento. Com uma visão dialética, com o giro da terra repetindo sempre o dia, a noite; inverno e verão, outono e primavera. solstício e equinócio; hemisfério Norte e hemisfério Sul. Enquanto grupos viviam em espaço restrito, todo um conhecimento ali estava contido. Mas a partir das viagens o conhecimento se torna mais amplo, com novos alimentos e novos conhecimentos a serem provados. E com o domínio do fogo, outros alimentos e conhecimentos foram dominados.
Deus insatisfeito com os homens, tomou a decisão de destruir tudo, deixando uma missão a Noé. Reunir casais de animais em uma arca. E Deus tenta novamente sua teoria da dualidade, ao orientar Noé preservar apenas um casal de cada espécie. Assim como um criador na iminência de perder toda sua criação, e preservar casais que possam gerar filhotes e dar início a novas criações. Um conhecimento que Noé deixou aos agricultores, que hoje repetem sem lembrar do conhecimento bíblico, um ato repetitivo, como um arquétipo, ainda que as instalações agrícolas de hoje sejam outras. Em Isaías 55:10, o homem já compreendia o ciclo da água, com uma missão ao descer do céu: E como a chuva e a neve que caem do céu, para lá não voltam sem antes molhar a terra e fazê-la germinar e brotar (Is 55:10). Hoje entendido como o princípio científico do ciclo hidrológico.
Algum tempo mais tarde, segundo a Bíblia, os homens tentam construir uma torre para chegar ao céu. E Deus insatisfeito, faz os homens falarem diversas línguas. a fim de não se entenderem. Era uma edificação em vão, não estavam no plano de Deus, não era isto que Deus desejava, que a humanidade trabalhasse em vão, que chegasse ao céu para descobrir suas estratégias e seus segredos. E os homens por vontade própria, partem daquele lugar onde estava sendo construída a torre de Babel, não havia como continuar em um lugar onde se falavam várias línguas. Com línguas diferentes, ocupando outros lugares, regiões ou países, o homem construiu um auto conhecimento, a partir de um outro lugar em que pisava.
Mas vamos supor que pesquisadores e historiadores, não souberam entender os antigos escritos, já que, quem os escreveu tinha um conhecimento de sua época, entendendo a construção como uma torre. Passaram anos e séculos e o homem construiu um foguete, tal como uma torre, para alcançar os céus, o arquétipo de Babel. Muitos foguetes não deram certo, e criou-se uma corrida espacial, com países diferentes, falando outras línguas. E o mundo avistou dois lados na corrida espacial e nas guerras, O socialismo e o comunismo com dois pólos concorrentes e distintos; EUA e URSS. Participaram de guerras dividindo países.
Do comportamento de Deus o homem entendeu o claro e o escuro, o branco e o preto, o dia, a noite. O sim e o não, o zero e o um. O norte e o sul. E toda esta dualidade, esta dicotomia, foi suficiente para idealizar um computador. O computador trabalha com sim ou não, com zero ou um, cheio ou vazio, em altas velocidades. Um computador que possui uma placa verde chamada de placa mãe. E no centro do verde (jardim) existe algo que não pode ser provado, não pode ser alterado, a não ser pelo seu criador, o processado que contém um conhecimento. E vírus tentam invadir os hardwares para descobrir seus segredos e suas informações ocultas. O homem criou o computador a sua imagem e semelhança, age tal qual age o seu pensamento. No Antigo Testamento, a oração era uma ferramenta de busca. E Deus o computador, detentor do conhecimento, com os homens sendo seus periféricos. Noé levou um conhecimento embarcado. Sabia o nome de cada animal, como criar, e seu papel na cadeia ecológica. Embarcou conhecimentos para aplicar em outras terras após o dilúvio.
Depois da expulsão de Adão e Eva do paraíso, e do afastamento para outras terras, dos homens que construíram uma torre para chegar ao céu, o homem adquiriu conhecimentos por experiências próprias, na busca pela sobrevivência. O homem ganhou conhecimentos ao viajar e ter uma vida nômade. Com seu assentamento criou povoados e escolas, para passar conhecimentos das viagens, lugares que o aluno não poderia ir. E o professor em uma sala de aula detém um conhecimento na posição de um deus a ser respeitado, Caso contrário o aluno pode ser expulso da sala, e devera procurar outra classe..
E Deus toma a decisão de enviar um filho, com seu destino já conhecido. Seu filho seria crucificado, deixando a cruz como um símbolo, para não ser esquecido, um arquétipo permanente. Um símbolo de quatro pontas, mostrando novas direções e novos destinos. Da visão dual de Deus, uma visão quaternária. E o símbolo teria outras finalidades. A evolução do povo e do conhecimento. Lembremos que Deus disse ao homem para dominar todos os animais. Mas não um domínio pela força, mas do conhecimento de cada animal. Uma visão atualizada, baseada na inovação e no conhecimento
E da cruz, se fez uma espada, em defesa do cristianismo e em defesa da fé. Da cruz se fez uma besta para lançar flechas. Da cruz se fez um aríete para derrubar portas de castelos. Fez-se uma catapulta para lançar bolas de fogo. E da cruz se fez o arado. Com a cruz o saciar da fome e a destruição, com armas de guerras; o domínio de terras, com a força e a plantação. A medicina dividiu o corpo em partes, surgiram as especializações.
Da cruz surge uma pá e uma picareta, para remexer a terra em busca de minérios. Com uma cruz se fez um arado preparando a terra para novas sementes. Com uma cruz o homem atrelou animais para puxar o arado. Do arado os animais passaram a puxar carroças e carruagens, e a cruz sempre presente, no martelo e no machado para construir e reparar as carroças e ferrar cavalos; a torquês e o alicate, todos lembrando uma cruz. Com a tesoura que também tem uma forma de cruz o homem fez cortes em cabelos, em pelos e na lavoura. A cruz o maior legado de Jesus Cristo. Com aros se fez rodas. E das rodas girando, uma cruz girando, se tornou hélice na propulsão de barcos.
Com a invenção do trem, a partir da locomotiva a vapor, surge a necessidade de enviar mensagens para a próxima estação, antes da chegada do trem. E postes em forma de de cruz sustentam fios, que levam mensagens binárias com traços e pontos, o telex com uso do Código Morse, o sim e o não..
Com uma cruz servindo de mastro, em caravelas, portugueses lançaram-se ao mar buscando um novo caminho, diferente daquele que faziam com caravanas por terra até as índias. Constantinopla foi ocupada, e portugueses estamparam uma cruz em suas velas, e navegaram procurando um outro caminho. Ao entrarem no hemisfério Sul avistaram uma constelação, do Cruzeiro do Sul e devem ter deduzido, estarem no caminho certo, confiavam na cruz e nas mensagens do céu. Descobriram o Brasil.
No hemisfério Norte a referência geográfica celeste é a estrela do Norte, a estrela Polar, uma única estrela. E até hoje os países do hemisfério norte, os países do Mundo Antigo, consideram-se os únicos. E a bandeira do Brasil foi estampada com uma estrela acima da linha do Equador, a faixa que traz o lema imposto pela estrela única, controlando as demais; Ordem e Progresso.
Com uma cruz René Descartes fez um gráfico. Surgiu a visão cartesiana, coletando dados do passado e projetando situações futuras. Com cálculos e projeções sobre uma cruz, empresas projetam seus objetivos e alvos futuros. Engenheiros fazem projetos de estruturas e máquinas, a partir de um ponto, como centro do desenho, fazendo projeções espaciais com um desenho técnico, usando escalas.
E Santos Dumont inventou o avião com um cruz voando e uma cruz girando, fazendo o papel de hélice. O arquiteto e o engenheiro fizeram da cruz, um esquadro, um compasso e uma régua. Abandonaram as linhas sinuosas da natureza e das construções antigas, fizeram linhas retas e ângulos ortogonais. Traçaram coordenadas com latitudes e longitudes sobre um mapa. Sobre uma carta geográfica traçaram ruas e avenidas. Dos rios sinuosos, fizeram canais retilíneos ao atravessar uma cidade.
Os médicos surgiram dos programas assistenciais de religiosos, e os hospitais de conventos e igrejas onde estavam os religiosos, conhecidos como hospitalários. Da cruz sobre o peito, restou o estetoscópio que todo médico conserva sobre os ombros e expostos sobre o peito, indicando sua convicção de ausculta ao coração. O cristianismo se estabeleceu em ROMA, pedindo algo em troca, algo como um retorno: AMOR. Com a violência, a maldade, com roubos e furtos, fez-se as grades. Construíram-se as cercas e as celas. Da cruz surgiu a espingarda e a metralhadora; o revólver e a pistola; o porrete e o cassetete. O martelo do juiz promulgando uma sentença, determinando quem vai para a forca ou para as grades.
Até os elétrons giram constantemente em torno de um núcleo formando um átomo. Repetem um movimento, um comportamento constante girando em uma órbita. Mas podem mudar seu paradigma mudando de órbita, e daí começam um outro giro, mas com um outro diâmetro, um outro ponto de vista. E criam novos átomos que constituir outros elementos.
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